Política

Tarcísio afirma que Bolsonaro estava ‘triste e resignado’ após derrota de 2022.

Tarcísio de Freitas Testifica no STF sobre Golpe Após Eleições de 2022

O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, testemunhou nesta sexta-feira (30) no Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou não ter conhecimento sobre quaisquer intenções golpistas do ex-presidente Jair Bolsonaro após as eleições de 2022. Tarcísio, que foi ministro da Infraestrutura durante grande parte do governo de Bolsonaro, relatou ter mantido uma aliança com ele mesmo após a derrota nas urnas.

Depoimentos no Supremo

Durante sua fala, Tarcísio reiterou: "Jamais tive conhecimento de intenções golpistas. Nunca. No período em que estive com o presidente, ele nunca tocou nesse assunto e não mencionou qualquer tipo de ruptura. Encontrei um presidente triste, resignado. Esse assunto nunca veio à pauta."

A 1ª Turma do STF está atualmente ouvindo testemunhas indicadas exclusivamente pela defesa de Bolsonaro em um processo que investiga tentativa de golpe de estado. Até o momento, foram ouvidas algumas testemunhas comuns a outros réus, incluindo comandantes das Forças Armadas e o ex-vice-presidente Hamilton Mourão.

Outras Testemunhas

Além de Tarcísio, o senador Ciro Nogueira (PP), que foi chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro, também deve ser ouvido. Sua testemunha é comum a Bolsonaro e ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, inicialmente convocado a depor, acabou sendo dispensado pela defesa de Torres.

Na semana passada, ex-comandantes das Forças Armadas confirmaram que Bolsonaro discutiu, com o então ministro da Defesa, a minuta do golpe, o que acrescenta complexidade aos desdobramentos do caso.

Denúncia da PGR

Em 26 de março, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia ao STF contra Jair Bolsonaro e 33 outras pessoas, acusando-os de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e formação de organização criminosa. Segundo a PGR, Bolsonaro e seu então candidato a vice-presidência, Braga Netto, lideraram uma organização que buscava de forma coordenada impedir que o resultado das eleições de 2022 fosse respeitado.

Essa é a primeira vez que um ex-presidente brasileiro se torna réu por atentar contra a democracia.

Com informações de: G1

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