Rússia bloqueia Roblox por ‘propaganda LGBT’ e conteúdo extremista
Rússia Bloqueia Acesso ao Roblox por Acusações de Conteúdo Inadequado
A Rússia implementou o bloqueio do acesso à popular plataforma de criação de jogos Roblox, propriedade da empresa americana Roblox Corporation. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (3) pela imprensa estatal, resulta de acusações de que a plataforma seria responsável pela disseminação de "materiais extremistas" e "propaganda LGBT".
Regulador Acusa a Plataforma de Conteúdo Prejudicial
O Roskomnadzor, órgão regulador das comunicações na Rússia, emitiu um comunicado informando que o Roblox abriga "conteúdo inadequado" que, segundo a agência, poderia impactar negativamente o desenvolvimento moral e espiritual das crianças. O regulador aludiu ainda a casos de assédio sexual, com menores sendo manipulados para compartilhar fotos íntimas e incitados a comportamentos violentos.
Roblox: Sucesso e Controvérsias
O Roblox se tornou um fenômeno no país, sendo o aplicativo móvel mais baixado na Rússia em 2023, conforme o jornal local Vedomosti. Com cerca de 100 milhões de usuários ativos diariamente—dos quais aproximadamente 40% são menores de 13 anos—o impacto da plataforma é significativo. Recentemente, países como Catar, Iraque e Turquia também optaram pelo banimento do Roblox, citando preocupações similares sobre a segurança dos usuários jovens.
A Resposta da Plataforma
A Roblox Corporation foi contatada para comentar sobre as alegações, mas até o momento não respondeu. A empresa assegura que realiza a moderação do conteúdo na plataforma através de revisão humana e ferramentas de inteligência artificial, reforçando seu compromisso com a segurança dos usuários.
Histórico de Intervenções em Plataformas Estrangeiras
Essa não é a primeira vez que a Rússia ameaça banir plataformas estrangeiras. Na semana passada, o Roskomnadzor já havia sinalizado a possibilidade de proibir o WhatsApp, citando a falta de medidas eficazes para prevenção de crimes. As associações de defesa dos direitos humanos veem essas ações como uma tentativa das autoridades de exercer controle sobre o uso da internet.
Com informações de: G1.
