Residências Diplomáticas do Brasil Custam R$ 174,8 Milhões Anuais
As residências diplomáticas mantidas pelo governo brasileiro no exterior demandam um investimento anual de R$ 174,8 milhões. Este custo inclui aluguéis, taxas de condomínio e manutenções, conforme apuração do jornal O Globo por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Distribuição dos Gastos
Do total mencionado, R$ 87,8 milhões são destinados a despesas com aluguel e encargos de condomínio. Atualmente, o Brasil possui 188 imóveis utilizados por seus representantes no exterior, sendo que 60 são de propriedade do patrimônio nacional. Os outros residenciais são alugados para acomodar os chefes de missão e para eventos oficiais.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a seleção dos imóveis leva em consideração fatores como localização estratégica, dimensões e padrão adequado para a representação diplomática.
Critérios para Escolha das Residências
Conforme informações do ministério, os critérios para a escolha das residências são estabelecidos pela Secretaria de Estado das Relações Exteriores. A seleção leva em consideração análises baseadas em dados da consultoria Mercer sobre os custos imobiliários globais, além de peculiaridades locais e limites orçamentários.
Nos últimos dois anos, foram inaugurados oito novos postos diplomáticos, cada um exigindo uma nova residência oficial para seus representantes.
Custos Elevados em Diferentes Localidades
O levantamento revela que o Brasil mantém imóveis de alto valor em países com variados níveis de importância comercial. Por exemplo, na Suécia, que ocupa a 53ª posição no ranking de exportações brasileiras, está uma das residências mais caras do serviço diplomático.
Em Praga, a residência ocupa a 12ª posição em custos, mesmo com a República Tcheca sendo apenas o 124º entre os principais mercados brasileiros. O aluguel do imóvel na capital tcheca é de R$ 1,26 milhão por ano, além de R$ 827 mil anuais destinados a salários de quatro funcionários.
Exemplos de Custos em Outros Países
- Viena: A residência oficial, localizada a 350 metros da embaixada, gera um custo de R$ 1,7 milhão por ano, sendo R$ 530 mil em aluguel.
- Budapeste: O governo brasileiro aluga uma cobertura no bairro Lipótváros por US$ 14 mil mensais, equivalentes a R$ 78,8 mil.
Além disso, R$ 77 milhões são destinados anualmente ao pagamento de 544 funcionários que atuam na manutenção das residências, enquanto R$ 10 milhões são aplicados em contratos de segurança, jardinagem e limpeza em 153 imóveis.
A unidade diplomática em Buenos Aires, apesar de ser patrimônio do Brasil e próxima à embaixada, é a segunda mais custosa, com um despesa total de R$ 4 milhões anuais para 14 funcionários. Em Washington, os salários de dez empregados somam R$ 2,89 milhões por ano.
Com informações de: O Globo.