Projeto de novas regras para licenciamento ambiental avança no Senado; críticas surgem.

Senado aprova novo projeto de licenciamento ambiental
Organização e urgência na votação
Na manhã desta terça-feira (20), a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado aprovou um projeto que estabelece novas diretrizes para o licenciamento ambiental. Com a aprovação da comissão, a proposta avança para o plenário do Senado, onde será votada em regime de urgência nesta quarta-feira (21).
Isenções e críticas
O texto prevê a dispensa de licenciamento para determinadas entidades e empreendimentos. Ambientalistas alertam que essa mudança pode representar riscos significativos para comunidades tradicionais. O Observatório do Clima, em nota divulgada na última sexta-feira (16), classificou a proposta como capaz de provocar desastres e riscos à saúde da população, além de desconsiderar a crise climática em curso.
Em contrapartida, defensores da proposta afirmam que as novas regras visam desburocratizar a obtenção de licenças ambientais. Senadores com vínculos ao agronegócio celebraram a aprovação, destacando que a proposta pode beneficiar o crescimento econômico e destravar mais de 5 mil obras de infraestrutura que atualmente enfrentam dificuldades devido à burocracia.
Divergências entre senadores
Durante a discussão na Comissão de Meio Ambiente (CMA), o senador Fabiano Contarato (PT-ES) expressou preocupações sobre a possibilidade de pequenas e médias empresas realizarem o auto licenciamento sem avaliação prévia. "Se não avançarmos para corrigir o texto em pontos que considero retrocessos, votarei contra", alertou o senador.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) apontou um possível vício de inconstitucionalidade no texto, prevendo que o projeto poderá ser contestado no Supremo Tribunal Federal.
Em defesa da importância da proposta, a relatora Tereza Cristina (PP-MS) afirmou que o projeto não retira punições por crimes ambientais e não enfraquece o licenciamento.
Avanços e desafios
A proposta de licenciamento ambiental agora aguarda votação no plenário do Senado, gerando debates acalorados entre os senadores sobre seus potenciais impactos sociais e ambientais.
Com informações de: G1