Interrupção na AWS Afeta Serviços Globalmente
Uma falha no Amazon Web Services (AWS) na região US-EAST-1, na Virgínia, causou uma paralisação global que durou 15 horas na última segunda-feira, dia 20. A pane afetou aproximadamente 500 empresas em todo o mundo, evidenciando a importância estratégica dessa região entre os data centers da AWS.
Localização Crítica e Impactos
A região US-EAST-1 é um dos principais pontos da AWS, sendo a mais antiga da rede global da empresa, criada em 2006. É amplamente utilizada por seu custo acessível e pela vasta oferta de serviços. Uma das características que a tornam popular é a possibilidade de "alugar" infraestrutura ao invés de arcar com os altos custos de manutenção de servidores próprios.
Segundo a Reuters, o processamento em servidores da AWS nessa região inicia em US$ 0,0042 (aproximadamente R$ 0,023), enquanto na unidade de São Paulo, o mesmo serviço custa quase 60% a mais. Essa diferença se deve a aspectos como custo de energia e mão de obra.
Empresas Atingidas no Brasil
Entre as empresas brasileiras afetadas, destacam-se iFood, Mercado Livre e PicPay. A falha prejudicou diversos serviços digitais, causando instabilidades que comprometeram operações em larga escala.
Causas da Falha
A interrupção teve origem em "taxas de erro significativas" no DynamoDB, um dos bancos de dados da AWS, que atende aplicações que demandam alta velocidade e estabilidade. O problema estava relacionado ao processo de resolução de DNS, crucial para a identificação de endereços de IP. Além disso, houve dificuldades para criar novos servidores virtuais no Elastic Compute Cloud (EC2).
Histórico de Interrupções
Este evento representa uma das maiores interrupções nos serviços de internet desde julho de 2024. A região US-EAST-1 já enfrentou outras falhas significativas em 2020 e 2021. Especialistas apontam que a dependência excessiva de um único serviço pode comprometer a estabilidade de sistemas interconectados.
Soluções e Prevenções
A AWS possui mecanismos que visam mitigar prejuízos decorrentes de falhas, mas é essencial que desenvolvedores implementem soluções que garantam maior resiliência em seus sistemas. De acordo com Ken Birman, professor de ciência da computação da Universidade Cornell, a economia em medidas de proteção pode levar a consequências mais severas em caso de falhas.
O incidente sublinha a necessidade de revisão das práticas de segurança e gerenciamento de risco por parte das empresas que dependem da computação em nuvem, especialmente em um cenário onde sistemas estão cada vez mais interligados.
Com informações de: Reuters