Brasil e China Buscam Sinergia em Investimentos: Evita Aderir à Nova Rota da Seda
Mantendo Equidistância
O governo brasileiro decidiu não formalizar a adesão à iniciativa “Cinturão e Rota” da China, que visa expandir a influência global por meio de investimentos em infraestrutura e comércio. Apesar da estreita relação comercial entre os dois países, a abordagem do Brasil ao tema enfatiza a busca por “sinergia” ao invés de uma integração total à estratégia chinesa.
Declarações do Governo
Durante a recente viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o Brasil não entrará na iniciativa chinesa. "A denominação do Cinturão e Rota para a China é a mesma do PAC para nós. O que buscamos é a integração de nossas estratégias, respeitando a autonomia de cada país", declarou.
Estratégia de Negociação
O uso do termo “sinergia” permite ao Brasil manter uma posição de equilíbrio entre a China e os Estados Unidos. Além disso, o governo brasileiro considera outros fatores, como a falta de um tratado internacional claro que regule a adesão ao programa. O foco deve ser em acordos bilaterais específicos, que são vistos como mais vantajosos.
Incentivo a Investimentos
Em sua entrevista, Rui Costa também mencionou a decisão de fornecer informações antecipadas sobre projetos de infraestrutura que serão leiloados no Brasil. Ele destacou que um acordo sobre esse acesso foi firmado durante a viagem de Lula à China. Contudo, o ministro não abordou se essa medida poderia influir na concorrência nos leilões.
Anúncio de Investimentos Chineses
Dois países anunciaram um investimento de R$ 27 bilhões oriundo de empresas chinesas em setores como delivery, veículos elétricos e energia limpa. Este montante foi revelado durante um fórum entre empresários brasileiros e chineses em Pequim. Entre as empresas que contribuirão estão a GAC, Meituan e CGN, com aportes que gerarão milhares de empregos.
A Estratégia de Expansão Comercial
A viagem de Lula à China tem como objetivo fortalecer as relações comerciais entre os dois países. Há uma percepção de que o Brasil pode se tornar uma alternativa para a China em meio à guerra comercial com os Estados Unidos, criando oportunidades para aumentar as exportações brasileiras. O governo observa a possibilidade de ampliar suas vendas sem se alinhar exclusivamente a nenhum dos lados do conflito.
Com informações de: G1