Política

Movimentos sociais buscam diálogo com o governo sobre jornada de trabalho com Lula

Lula Defende Fim da Jornada 6×1 em Comemorações do Dia do Trabalhador

No Dia do Trabalhador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a intenção de acabar com a jornada de trabalho 6×1. Essa declaração desencadeou mobilizações entre movimentos sociais, centrais sindicais e entidades estudantis, que buscam concretizar a proposta.

Plebiscito como Alternativa

Os grupos articulam a possibilidade de um plebiscito popular para debater a redução da carga horária. O tema já foi discutido com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, que coordena a comunicação do governo com os movimentos sociais. "O plebiscito não apenas amplia o debate, mas reafirma o papel do povo como protagonista", afirmou Macêdo.

Desemprego e Diálogo com o Governo

Em meio a esse contexto, as centrais sindicais continuam a dialogar com o governo em busca de avanços significativos, mesmo que a aprovação da proposta ainda esteja distante. Macêdo observou que a pauta da jornada de trabalho já está sendo debatida no Congresso, onde tramita uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa abolir a jornada 6×1.

Resistência no Legislativo

Apesar do apoio popular, a PEC apresenta resistência no Congresso. Protocolada em fevereiro, ainda não foi analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), etapa inicial para a tramitação. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), mencionou a necessidade de avaliar a viabilidade da medida devido à pressão nas redes sociais e a preocupações econômicas.

Histórico de Propostas Frustradas

Propostas semelhantes enfrentaram barreiras no passado. Em 2009, uma PEC que estabeleceria a jornada de 40 horas semanais foi aprovada por uma comissão, mas nunca chegou a ser votada pelo plenário e foi arquivada em 2023. Em 2019, uma nova proposta de 36 horas semanais, com transição de dez anos, também foi retirada de pauta após pressão da oposição.

Movimentos à Frente da Mobilização

A articulação em favor da redução da jornada de trabalho está sendo liderada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que englobam mais de 100 movimentos sociais, incluindo a CUT, MST, MTST, UNE e CNBB. Além da jornada de trabalho, o plebiscito também abordará a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais e a taxação de alta renda, visando equilibrar as contas públicas.

Com informações de: G1.

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