Lula critica ofício de Trump a Moraes: ‘Nunca critiquei barbaridades’
Lula Critica EUA por Interferência em Questões Judiciais Brasileiras
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou forte repúdio à manifestação do governo dos Estados Unidos em relação à atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As declarações de Lula ocorrem em um contexto em que o governo americano, liderado por Donald Trump, questiona decisões judiciais brasileiras que resultaram no bloqueio de redes sociais norte-americanas no Brasil.
Crítica às Ações dos EUA
Durante sua fala no encerramento da convenção nacional do PSB, onde João Campos foi eleito presidente do partido, Lula questionou a postura dos EUA. "Os Estados Unidos querem processar Alexandre de Moraes por tentar prender um cidadão brasileiro que atua contra o Brasil a partir de seu território", disse o presidente, enfatizando a incoerência dessa intromissão. Lula também destacou que nunca criticou a justiça americana, apesar das controvérsias envolvendo a política externa dos EUA.
Ofício Informativo do Governo dos EUA
O presidente se referiu a um ofício recebido pelo Ministério da Justiça brasileiro, que trouxe à tona a crítica norte-americana. De acordo com informações da pasta, o documento tem um caráter meramente informativo e não resultará em ações concretas. O ofício, que não passou pela embaixada dos EUA no Brasil, foi enviado diretamente do Departamento de Justiça americano.
Novas Restrições de Visto
Além da manifestação sobre Moraes, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a aplicação de restrições de visto contra autoridades estrangeiras que participam de ações consideradas censórias. Embora não tenha citado nomes, Moraes pode ser um dos alvos dessas sanções. Na semana passada, Rubio indicou ao Congresso que há uma "grande chance" de o governo americano sancionar o ministro do STF, o que provocou reações nas redes sociais, incluindo comentários de consultores próximos a Trump.
Dessa forma, a tensão entre Brasil e EUA se intensifica, colocando em evidência o descontentamento do governo brasileiro em relação à ingerência americana em assuntos judiciais internos.
Com informações de: G1
