Google Maps Enfrenta Restrições na Coreia do Sul

O Google Maps é amplamente utilizado em todo o mundo, mas na Coreia do Sul, os usuários enfrentam limitações significativas no acesso a esse serviço. Enquanto usuários brasileiros desfrutam de recursos como rotas de carro, bicicleta e a pé, na Coreia do Sul, esses serviços estão indisponíveis.

Limitações do Serviço

No país, os usuários não conseguem criar rotas nem acessar informações de trânsito em tempo real ou limites de velocidade nas vias. Essa situação também se aplica ao Apple Maps, que sofre com restrições semelhantes. A razão para isso reside na política da Coreia do Sul, que proíbe o envio de dados geográficos detalhados para o exterior, alegando preocupações com a segurança nacional, como a possibilidade de adversários terem acesso a dados sensíveis, incluindo informações sobre instalações militares.

Alternativas Locais

Devido a essas restrições, os sul-coreanos têm recorrido a aplicativos locais como Naver e Kakao. Além de direções, esses serviços oferecem uma gama de funcionalidades, como busca, e-mail e música, suprindo a necessidade de serviços abrangentes.

Pedido de Autorização

O Google tem solicitado, há alguns anos, permissão para transferir dados do mapa sul-coreano para servidores fora do país. Na última sexta-feira (8), o Ministério de Terras, Infraestrutura e Transportes da Coreia do Sul adiou a decisão sobre o pedido mais recente da empresa para outubro. O ministério specificou que o prazo foi estendido para que o Google apresente soluções que atendam às preocupações de segurança nacional.

Contestação do Google

Após o adiamento, o Google se manifestou contra as alegações de segurança, ressaltando que solicitou acesso a uma versão do mapa que exclui informações confidenciais. A empresa também afirmou que licencia mapas de um servidor sul-coreano, mas a funcionalidade é limitada a exibir dados sobre pontos turísticos e empresas, sem a possibilidade de indicar rotas, conforme noticiado pelo The Guardian.

Pressão Internacional

Os Estados Unidos, onde estão sediadas as matrizes do Google e da Apple, têm pressionado o governo sul-coreano sobre essas limitações. Alega-se que essas restrições criam uma barreira não tarifária, dificultando a concorrência justa para serviços americanos no mercado sul-coreano.

Com informações de: The Guardian.