Audiência de Supressão Revela Detalhes do Caso de Luigi Mangione

A audiência de supressão de provas no caso do assassinato do CEO da United Healthcare, Brian Thompson, envolvendo Luigi Mangione, chegou ao fim na quinta-feira. Durante três semanas, promotores de Nova York apresentaram evidências que desejam incluir no julgamento. Mangione, que se declarou inocente, alega que as provas foram obtidas de forma ilegal, comprometendo seus direitos constitucionais.

Acusações e Defesa

Luigi Mangione foi preso em 9 de dezembro de 2024, em um McDonald’s na Pensilvânia, após apresentar uma carteira de motorista falsa. A defesa contesta a validade das provas coletadas, que incluem declarações feitas por Mangione e uma mochila com uma arma impressa em 3D, munições e anotações pessoais. O ex-promotor Gary Galperin descreve a audiência como atípica, destacando seu impacto e duração consideráveis.

Questões de Legalidade

Os advogados de defesa argumentam que a busca pela mochila foi feita sem mandado. Na Pensilvânia, é permitido revistar pertences em situações específicas de prisão, mas para ser admissível em Nova York, a polícia precisaria seguir os rigorosos direitos de defesa do estado. A promotoria, no entanto, defende que a mochila estava acessível a Mangione e que havia motivos de segurança que justificaram a busca.

Direitos Miranda em Debate

Outro ponto crucial levantado pela defesa é que os avisos de Miranda, que informam o suspeito sobre seu direito de permanecer em silêncio, foram lidos tardiamente. Mangione só ouviu seus direitos cerca de 20 minutos após ser abordado, o que pode comprometer a admissibilidade das suas declarações no tribunal.

Credibilidade das Provas

A falta de gravações de câmera corporal dos policiais durante a transmissão da mochila para a delegacia também levanta suspeitas sobre a integridade do processo. Mangione e sua defesa alegam que isso prejudica a credibilidade das evidências apresentadas, especialmente em um caso tão sensível.

Decisão do Juiz

O juiz Gregory Carro, responsável pela audiência, se comprometeu a divulgar sua decisão sobre a admissibilidade das provas no dia 18 de maio. Essa espera pode ter um impacto significativo no julgamento. Apesar das potenciais supressões, ainda existem evidências da cena do crime em Manhattan que podem ser utilizadas contra Mangione.

A próxima audiência de Mangione na esfera federal está agendada para 9 de janeiro, onde ele enfrenta a possibilidade de pena de morte.

Com informações de: [nome da fonte]