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CPI para investigar crime organizado é autorizada por Alcolumbre

Comissão Parlamentar de Inquérito para Investigar Crime Organizado

Iniciativa visa desmantelar organizações criminosas no Brasil

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar o crime organizado no Brasil. A decisão foi formalizada durante uma sessão realizada na terça-feira, 17 de outubro, após a leitura do requerimento para sua instalação.

Apoio Parlamentar

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) lidera a proposta da CPI, que obteve o respaldo de mais de 31 senadores. A composição da comissão contará com 11 membros titulares e 7 suplentes. Os parlamentares terão um prazo de 120 dias para investigar a atuação, a expansão e o funcionamento das organizações criminosas que operam no país.

Problemas Estruturais

Alessandro Vieira destacou a gravidade da situação do crime organizado no Brasil. "Vamos entregar para o Brasil a mais relevante CPI que já tivemos nos últimos anos", afirmou. Ele alertou que "o crime organizado hoje domina o território brasileiro em proporção cada vez mais crescente e está inserido em atividades econômicas relevantes". O senador também enfatizou a presença dessas organizações na estrutura pública, o que agrava a problemática.

Crimes e Números Alarmantes

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública indicam que o país registrou 47,3 mil mortes violentas intencionais em 2022, uma taxa de 23,3 homicídios por 100 mil habitantes. Essas estatísticas colocam o Brasil entre os 20 países mais violentos do mundo, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.

As estimativas apontam que as facções criminosas poderiam gerar até R$ 335 bilhões com a exportação de cocaína para a Europa, considerando o volume interceptado em território brasileiro.

Milícias e Domínio de Território

As milícias, que atuam em várias regiões como parte da Zona Oeste do Rio de Janeiro, se beneficiam da cobrança de taxas ilegais e do controle de serviços em áreas vulneráveis. A CPI tem como objetivo desvendar estas estruturas criminosas, responsabilizar os envolvidos e sugerir medidas legislativas eficazes.

Alessandro Vieira acredita que as facções e as milícias se expandiram sem uma resposta coordenada e eficiente do Estado, evidenciando um vácuo na gestão de segurança pública.

Com informações de: Revista Oeste.

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