Correios Enfrentam Colapso Financeiro e Operacional
Dificuldades afetam serviços e entregas em todo o Brasil, segundo sindicato de trabalhadores.
Os Correios, histórico serviço postal brasileiro, estão enfrentando sérias dificuldades financeiras e operacionais. O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo (Sintect-SP) denunciou problemas que afetam a eficiência dos serviços em diversas regiões do país.
Problemas Relatados pelo Sindicato
Entre as principais questões apontadas estão:
- Atrasos em pagamentos: Fornecedores estão enfrentando delicadas situações devido à demora nos pagamentos.
- Suspensão do abastecimento: A falta de pagamento às transportadoras levou à interrupção no abastecimento da frota.
- Atendimento do plano de saúde: Os empregados estão encontrando dificuldades para acessar seus planos de saúde.
Douglas Melo, diretor do Sintect-SP, descreveu a situação como um "colapso financeiro e operacional". Ele destacou que motoristas terceirizados passaram a paralisar suas atividades, resultando em um acúmulo de encomendas sem previsão de entrega. Problemas também foram identificados em centros logísticos em locais como Jaguaré e Guarulhos, em São Paulo, e o complexo Benfica no Rio de Janeiro.
Medidas e Respostas dos Correios
Diante da crise, os Correios emitiram um comunicado afirmando que a prestação de serviços de transporte continua dentro da normalidade. A empresa afirmou estar em diálogo com parceiros logísticos para resolver as pendências e assegurar a continuidade das operações.
A estatal também informou que está implementando ajustes operacionais e adoptando medidas corretivas e contingenciais. Entre as ações, mencionam-se operações extras nos finais de semana e monitoramento diário das entregas, visando aumentar a capacidade de distribuição.
Atendimento a Aposentados e Pensionistas
Em um esforço para mostrar seu compromisso com o serviço, desde o dia 30 de maio, os Correios começaram a atender aposentados e pensionistas do INSS. A estatal assumiu a responsabilidade de receber pedidos de restituição de descontos indevidos, uma tarefa que não pode ser feita através do INSS presencialmente. Até o dia 3 de outubro, mais de 300 mil beneficiários foram atendidos em agências por todo o país.
As situações financeiras caóticas e as dificuldades operacionais geradas geram apreensão sobre a capacidade dos Correios de manter seu papel vital na comunicação e logística do Brasil.
Com informações de: Folha de S.Paulo