Tecnologia

Chip cerebral: empresa rival de Musk realiza teste de implante em humano

Paradromics Realiza Primeiro Teste de Chip Cerebral em Humano

A empresa americana Paradromics anunciou na última segunda-feira, 2, o sucesso do primeiro implante de seu chip Connexus em um paciente humano. O procedimento, que incluiu a instalação e remoção do dispositivo, levou menos de 20 minutos e foi realizado na Universidade de Michigan.

Implante Rápido e Seguro

O chip Connexus foi inserido e retirado com técnicas já conhecidas por neurocirurgiões. O experimento, realizado em 14 de maio, envolveu a área do lobo temporal do cérebro, que desempenha funções cruciais relacionadas à memória e audição. De acordo com informações da Wired, o chip possui a capacidade de registrar sinais cerebrais, permitindo a interpretação de intenções de movimento em pessoas com deficiências motoras severas.

Objetivo do Chip Connexus

O dispositivo foi desenvolvido para auxiliar na comunicação de pacientes afetados por condições como esclerose lateral amiotrófica (ELA), acidente vascular cerebral (AVC) e lesões na medula espinhal. A Paradromics destaca que a inteligência artificial integrada ao chip lê os sinais neuronais, possibilitando que o usuário converse, escreva ou mova um cursor de computador com a ajuda de máquinas.

Importância do Estudo

O neurocirurgião Matthew Willsey, que conduziu a cirurgia, enfatizou a relevância do experimento para aprimorar tratamentos para pacientes com necessidades não atendidas. “Estamos explorando como plataformas de interface cérebro-computador avançadas, como a Connexus, podem revolucionar os dispositivos assistenciais”, declarou o médico.

Paradromics e a Concorrência com Neuralink

Com este teste, a Paradromics avança na corrida com a Neuralink, a empresa de Elon Musk, que já realizou implantes em humanos. Ambas as empresas têm trabalhado no desenvolvimento de interfaces cérebro-computador que registram atividades neuronais em nível individual, aumentando a precisão dos dados coletados.

O chip Connexus utiliza 420 agulhas eletrodos para captar a atividade neural, enquanto a Neuralink recorre a 64 fios finos, totalizando mais de 1.000 eletrodos. Ambas visam proporcionar uma experiência mais refinada, trabalhando com a atividade de neurônios específicos, ao contrário de concorrentes como a Neuroscience e a Synchron, que medem sinais de grupos de neurônios.

Próximos Passos

Fundada em 2015, a Paradromics realiza estudos pré-clínicos há três anos e planeja dar início a um ensaio clínico no final deste ano, aguardando a aprovação de autoridades regulatórias. O objetivo é avaliar os efeitos a longo prazo e a segurança do chip em pacientes.

Com informações de: Wired

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