Capitão do Exército Presta Depoimento ao STF sobre Suposto Golpe

O capitão do Exército, Raphael Monteiro, depôs nesta quinta-feira, 22, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele atuou como testemunha do tenente-coronel Mauro Cid, que é delator em um inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil.

Investigações sobre o Núcleo Militar do Suposto Golpe

A ação penal em andamento analisa crimes supostamente atribuídos a integrantes do setor militar, que teriam tentado manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022.

Elogia o "Histórico Exemplar" de Mauro Cid

Durante seu depoimento, Monteiro declarou ter uma amizade com Cid desde 1999, ressaltando o “histórico exemplar” do tenente-coronel. Ele afirmou que Cid nunca manifestou intenções de participar de qualquer ruptura institucional.

Monteiro também destacou que não se considera a pessoa mais adequada para comentar o plano supostamente apresentado pela imprensa sobre o golpe.

Críticas à Investigação e Defesa da Honra

O capitão comentou sobre os áudios em que Cid critica a atuação da Polícia Federal e do STF. Segundo Monteiro, Cid estava em um momento de “tristeza” e fez declarações de forma “irrefletida”, buscando defender sua honra.

“Não acompanho o plano [de suposto golpe]”, afirmou. Ele observou que o coronel Cid estava profundamente incomodado com os fatos que envolviam pessoas que eram subordinadas a ele.

Desdobramentos no STF

A 1ª Turma do STF decidiu transformar em réus dez dos doze acusados de fazer parte do núcleo 3 do suposto plano golpista. A denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) foi aceita em parte pelos ministros.

O ministro Alexandre de Moraes rejeitou a denúncia contra o coronel da reserva Cleverson Ney e o general Nilton Diniz Rodrigues, argumentando que não havia elementos suficientes para sustentar as acusações contra eles. Essa decisão foi concordada por unanimidade pelos demais integrantes da turma.

Com informações de: Revista Oeste.