Imagem Viral de Suposta Encenação de Atentado na Austrália é Desmentida

Imagem Manipulada Circula Após Tragédia em Sydney

Uma imagem que mostra um homem sendo maquiado com sangue falso, supostamente relacionada a um ataque que deixou 15 mortos e 40 feridos durante a celebração do festival judaico de Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney, viralizou nas redes sociais. Entretanto, a veracidade dessa foto foi desmentida; trata-se de uma criação gerada por inteligência artificial (IA).

Contexto da Imagem

Publicada no X, a postagem rapidamente alcançou mais de 7,6 milhões de visualizações. A legenda, em inglês, insinuava que o ataque foi uma encenação: "O fato de terem nos enganado novamente mostra que ainda somos gentios muito retardados. Foi tudo falso. Eles eram atores". A imagem exibe um homem sentado e rindo enquanto uma mulher aplica sangue falso em seu rosto, com diversos equipamentos de filmagem ao fundo.

Identificação da Falsidade

De acordo com uma análise realizada pela ferramenta SynthID Detector, do Google, a imagem contém marcas d’água que indicam a utilização de IA. Essa tecnologia pode identificar conteúdos sintéticos, que não são perceptíveis a olho nu, mas rastreáveis pelo sistema. O resultado da verificação mostrou a presença dessa marcação ao longo de várias partes da imagem.

Comparação com Imagens Reais

O homem retratado na imagem manipulada é similar a Arsen Ostrovsky, um israelense que foi ferido no ataque e entrevistado por uma emissora local. Contudo, ao comparar as imagens, surgem discrepâncias significativas: enquanto a foto verdadeira mostra Ostrovsky com uma pequena mancha de sangue em sua camiseta, na imagem falsa, a mancha é maior e distorcida. Além disso, a camiseta original apresenta o símbolo da Marinha dos Estados Unidos com letras legíveis, ao passo que a reprodução gerada por IA exibe elementos visivelmente alterados.

O Impacto da Desinformação

As redes sociais têm se tornado um terreno fértil para a propagação de desinformações, especialmente em eventos trágicos como este. Esse caso ressalta a importância de verificar a autenticidade das informações circulantes, principalmente em contextos sensíveis.

Com informações de: G1