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Apoiadores do STF: silenciosos na defesa e críticos em protestos

Gilmar Mendes Reflete sobre o Papel do STF em Entrevista

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou a importância da Corte e a percepção da sociedade sobre seu trabalho em recente entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Mendes relatou que, enquanto os simpáticos ao STF costumam ser silenciosos, seus críticos se tornam bastante articulados.

A Rejeição Silenciosa ao STF

Durante a entrevista, Mendes comentou sobre a rejeição que o STF enfrenta. Segundo ele, a população reconhece a relevância da Corte, mas de maneira discreta. "Eu poderia estar contando a história da falência de uma corte, como vi na Hungria ou na Turquia, onde colegas foram defenestrados. Mas estou aqui contando a história de uma Corte que fez a democracia sobreviver", afirmou o ministro.

Mendes também ressaltou que a Corte vivenciou momentos de aclamação e crítica ao longo de sua trajetória, como nas épocas do mensalão e da Lava Jato, sempre mantendo um padrão civilizatório diante dos desafios, incluindo a pandemia da COVID-19.

Defesa da Atuação na Lava Jato

O ministro expressou orgulho por sua participação na Operação Lava Jato, citando-se como "a primeira voz relevante que apontou que o rei estava nu". Ele destacou seu voto decisivo na suspeição do ex-juiz Sergio Moro, mencionando as incompreensões que seu ponto de vista gerou, especialmente entre a mídia e a opinião pública, que, na época, estavam em grande parte a favor da operação.

Mendes, firme em sua posição, usou a célebre frase da cantora Edith Piaf para expressar indiferença às críticas: “Non, je ne regrette rien”.

Preparação para as Eleições de 2026

Com relação às eleições de 2022, o ministro assegurou que "ninguém teve dúvida de quem ganhou" e que a Justiça está preparada para a próxima eleição. "Estamos mais prontos para evitar abusos e retirar conteúdos falsos das redes", comentou Mendes, reforçando a responsabilidade do tribunal em garantir a lisura do processo eleitoral.

Regulação das Redes Sociais

Mendes também abordou a discussão sobre a regulação das redes sociais. Ele afirmou que a expectativa era de que o Congresso se dedicasse ao tema, garantindo que o STF é contra a censura. "Precisamos ser mais severos com o que não pode ser veiculado", disse, mencionando conteúdos como pedofilia e incitação à violência. Para ele, ferramentas de Inteligência Artificial poderão auxiliar na monitorização do conteúdo publicado, alinhando-se ao entendimento do STF.

Com informações de: O Estado de S. Paulo.

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