Invasões Cibernéticas Atingem Dispositivos de Funcionários do Governo dos EUA
Grupos ligados aos serviços de inteligência da China estão atacando smartphones de membros da administração norte-americana, visando especialmente aqueles que atuam em áreas estratégicas. A invasão sofisticada ocorre sem que os usuários precisem clicar em links, revelando uma vulnerabilidade significativa na cibersegurança.
Ataques Sofisticados sem Interação do Usuário
Investigadores da segurança cibernética nos Estados Unidos detectaram uma falha de software incomum que afeta um número limitado de dispositivos. Esses aparelhos pertencem a profissionais do governo, da política, do setor tecnológico e do jornalismo. As primeiras falhas foram identificadas no final de 2022 e ainda persistem em 2025, indicando um ataque cibernético de alta complexidade.
Os hackers estrangeiros têm se aproveitado cada vez mais de smartphones e aplicativos como pontos vulneráveis. Especialistas afirmam que grupos associados à inteligência chinesa estão ativamente comprometendo os celulares de americanos e infiltrando-se em redes de telecomunicações.
Estudo Revela Vínculos com Alvos Estratégicos
A empresa de segurança cibernética iVerify observou que todas as vítimas têm uma característica em comum: estão ativas em setores de interesse do governo chinês e já foram alvo de ataques anteriormente. Essa evidência destaca a vulnerabilidade dos dispositivos móveis e os riscos relacionados à cibersegurança.
“O mundo está vivendo uma crise de segurança móvel agora”, disse Rocky Cole, ex-especialista em cibersegurança na Agência de Segurança Nacional (NSA) e atual diretor de operações da iVerify.
Trocas de Acusações entre EUA e China
Em dezembro, as autoridades americanas emitiram alertas sobre uma campanha de hackers chineses visando acessar mensagens e ligações de cidadãos dos Estados Unidos. Tentativas de invasão também foram registradas nos celulares de Donald Trump e de seu vice em 2024, JD Vance. Enquanto isso, o governo chinês nega as acusações e alega que os Estados Unidos realizam suas próprias operações de ciberespionagem.
Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, criticou as práticas dos EUA, afirmando que o país frequentemente utiliza métodos que considera desprezíveis para roubar segredos de outras nações.
Mobilidade: Uma Fronteira Crítica na Cibersegurança
Agências de inteligência dos EUA classificam a China como uma ameaça persistente aos interesses econômicos e políticos do país. A desinformação, a propaganda online e a espionagem são algumas das ferramentas utilizadas para conquistar vantagens em potenciais conflitos armados. As redes móveis, em particular, são uma preocupação principal.
Embora as empresas de telecomunicação chinesas tenham sido banidas em algumas redes, sua presença ainda é significativa em várias infraestruturas globais, levando especialistas a alertarem sobre os riscos de ciberataques.
Dispositivos Móveis como Alvos Análogos e Estratégicos
Com a evolução tecnológica, dispositivos móveis tornaram-se essenciais, sendo capazes de realizar ações como negociar ações e controlar infraestruturas críticas. No entanto, a rápida disseminação de smartphones superou o avanço da segurança digital. Os aparelhos usados por autoridades de alto escalão são especialmente visados, pois contêm informações sensíveis e dados confidenciais.
Recentemente, uma situação envolvendo uma pessoa que se passou por Susie Wiles, chefe de campanha de Trump, levantou novas preocupações. A pessoa contatou governadores e senadores, aparentemente acessando a agenda de Wiles sem autorização.
Preocupações com Dispositivos Conectados
Além das questões relacionadas a smartphones, muitos dispositivos conectados, como eletrodomésticos e câmeras, não recebem atualizações regulares, tornando-se vulneráveis a ataques. Para enfrentar esse desafio, o governo dos EUA anunciou um programa para criar um “selo de confiança cibernética” para dispositivos que atendam a requisitos de segurança.
Especialistas em segurança ressaltam que, mesmo com a conscientização sobre a segurança dos dispositivos, o comportamento dos usuários ainda é um fator crítico. Casos de integrantes do governo envolvidos em situações de compartilhamento imprudente de informações demonstram a necessidade de uma abordagem mais rigorosa.
Michael Williams, especialista em segurança da Universidade de Syracuse, destacou que a exploração de falhas de segurança continuará, enfatizando a importância de restrições no compartilhamento de informações sensíveis.
Com informações de: G1.