AGU pede ao STF a exclusão de fraudes da meta fiscal

AGU Ação no STF para Exclusão de Fraudes do INSS da Meta Fiscal
Nesta quinta-feira, 12, a Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de retirar os gastos com ressarcimentos relacionados a fraudes em benefícios do INSS da meta fiscal de 2025. A medida visa assegurar a sustentabilidade fiscal e a continuidade de pagamentos previdenciários.
Abertura de Crédito Extraordinário
A AGU alega que a abertura de crédito extraordinário é necessária para cobrir os valores desviados, evitando a violação dos limites impostos pelo arcabouço fiscal. O órgão garante que essa ação não comprometerá o superávit primário previsto para este ano e o próximo.
Impacto Social das Fraudes
Em sua petição, a AGU destaca o caráter imprevisível das fraudes e o impacto significativo que os descontos irregulares geraram na vida dos beneficiários. A urgência na devolução dos valores justifica, segundo a AGU, a utilização de mecanismos excepcionais de financiamento.
Suspensão de Ações Judiciais
A ação também solicita ao STF que suspenda todas as ações em curso na Justiça comum que responsabilizem a União ou o INSS pelas fraudes. O objetivo é evitar decisões conflitantes que possam prejudicar a gestão orçamentária e os pagamentos previdenciários.
Contestação de Decisões Judiciais
Outra solicitação contida no pedido é a declaração de inconstitucionalidade de decisões que exigem o pagamento em dobro aos beneficiários. A AGU defende que tais sentenças criam distorções que podem levar a um aumento nas ações judiciais, comprometendo a previsibilidade orçamentária do Estado.
Divergências e Segurança Jurídica
O documento enviado ao STF menciona divergências entre tribunais inferiores sobre critérios de responsabilização. Em algumas situações, juízes determinaram devoluções superiores ao desconto original, o que gera insegurança jurídica e incentiva a litigância predatória.
Garantia de Direitos aos Segurados
Além disso, a AGU pede a suspensão do prazo de prescrição, garantindo que todas as vítimas dos descontos indevidos tenham direito ao ressarcimento. Essa medida permite que os segurados possam aguardar a devolução administrativa dos valores, sem a necessidade de recorrer à Justiça imediatamente.
Operação Sem Desconto
A fraude foi revelada pela Operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União. Essa operação identificou associações e sindicatos que apresentaram documentos falsos ao INSS, resultando em descontos indevidos de benefícios de aposentados e pensionistas.
Bloqueio de Bens de Entidades Envolvidas
Como parte de suas ações reparatórias, a AGU solicitou o bloqueio de bens de entidades associativas envolvidas nas fraudes. Os recursos obtidos com essa medida serão utilizados para indenizar os segurados prejudicados.
Com informações de: Revista Oeste