Negociação com os EUA: Advogado Alerta que Questão Não é Eleitoral
Em entrevista ao programa Oeste Negócios, o advogado Leonardo Corrêa enfatizou que o governo federal deve compreender que as negociações com os Estados Unidos transcendem questões eleitorais. O jurista participou do talk show na companhia de Reginaldo Nogueira, diretor nacional da faculdade Ibmec.
Importância da Soberania nos Diálogos
Leonardo Corrêa destacou que "enquanto o governo federal não entender que negociar com os EUA é uma questão para o país, não conseguiremos avançar". Segundo ele, a soberania começa com o respeito ao indivíduo, ressaltando que o Estado deve atuar como agente em prol do cidadão. "Se o Estado não está funcionando assim, como podemos falar em soberania?", questionou.
Relações Brasil-EUA: Uma Necessidade Reconhecida
Reginaldo Nogueira também abordou a relevância do relacionamento político e empresarial entre Brasil e Estados Unidos. Ele apontou que o setor produtivo está pressionando políticos para abrir e manter canais de negociação com os EUA. "Acredito que chegaremos a um ponto de discussão. Isso não será simples nem imediato, mas os americanos estarão dispostos a negociar", afirmou Nogueira.
Acordos Globais e a Nova Política Tarifa
Desde o Dia da Libertação, anunciada em abril pelo presidente dos EUA, Donald Trump, diversos países, como o Reino Unido e a União Europeia, têm fechado acordos comerciais, enquanto o Brasil enfrenta um aumento da tarifa sobre suas exportações para os EUA, que subiu de 10% para 50%. O Reino Unido foi o primeiro a acertar um acordo, reduzindo tarifas de importação em setores automotivo e aeroespacial.
Posição do Governo Lula no Cenário Internacional
Enquanto muitos países aceitam negociar com os Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem adotado um discurso de "soberania", afastando-se de um diálogo mais próximo. Ele mencionou a "desdolarização" do comércio como uma de suas bandeiras. Em recente entrevista à Reuters, Lula afirmou que não se humilhará ao tentar dialogar com Trump, enfatizando que, no presente, não sente que o presidente dos EUA esteja disposto a conversar.
Com informações de: Revista Oeste

