Tecnologia

Adele lança música em homenagem a Charlie Kirk: excesso da IA em pauta

Inteligência Artificial Imita Vozes de Celebridades em Novas Músicas

O uso da inteligência artificial (IA) para simular vozes de artistas famosos tem gerado polêmica, especialmente após a divulgação de um vídeo no YouTube que apresenta Frank Sinatra cantando Britney Spears e Michael Jackson interpretando Adele. A música, amplamente comentada nas redes sociais, foi gerada pela tecnologia sem o consentimento dos artistas, levantando preocupações sobre os direitos autorais no âmbito musical.

IA e Produção Musical

A capacidade da IA de criar músicas a partir de simples comandos vem ganhando destaque. Em plataformas como o YouTube, vídeos que homenageiam figuras públicas com canções criadas artificialmente já acumulam milhões de visualizações. No entanto, a qualidade da semelhança vocal varia significativamente, levando muitos internautas a acreditar em conteúdos potencialmente enganosos.

Críticas ao Conteúdo Gerado por IA

Alex Mahadevan, do Poynter Institute, expressou sua preocupação com a crescente quantidade de material "mediocre" na internet, produzido por indivíduos que buscam lucro, sem valor artístico real. "O que tornava a internet tão incrível no início parece ter desaparecido", afirmou Mahadevan, destacando a necessidade de maior vigilância sobre o que é publicado online.

Normas do YouTube e Transparência na Criação

Embora o YouTube requeira que os criadores divulguem a utilização de IA em suas produções, essa informação, muitas vezes, permanece oculta nas descrições dos vídeos. Isso dificulta a identificação imediata do uso dessa tecnologia pelos espectadores. Recentemente, um grupo conhecido como The Velvet Sundown, formado por IA, lançou álbuns e conquistou mais de 200.000 ouvintes no Spotify, atribuindo-se a descrição de "nem totalmente humano, nem totalmente máquina".

Questões Legais sobre Direitos Autorais

A ascensão dessas produções levanta debate sobre a proteção dos direitos de imagem e voz dos artistas. Mahadevan defende que a representação de uma pessoa deve ser protegida contra reprodução em plataformas de IA. Por outro lado, Lucas Hansen, cofundador da ONG CivAI, observa que, embora uma proibição total seja improvável, é necessário implementar restrições na comercialização desse conteúdo.

A Indústria Musical em Alerta

A Associação da Indústria Fonográfica dos Estados Unidos já tomou medidas contra geradores de música baseados em IA, processando empresas como a Suno por suposta violação de direitos autorais. Em uma carta aberta, mais de 200 artistas, incluindo Katy Perry e Nicki Minaj, expressaram que as tecnologias de treinamento que utilizam suas músicas existentes desvalorizam seu trabalho e comprometem a remuneração justa.

"Devemos nos proteger contra o uso indevido da IA que rouba a voz e a imagem dos artistas profissionais", alertaram os músicos, defendendo a necessidade urgente de regulamentações no setor.

Com informações de: AFP

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