Bezos realiza casamento em Veneza e provoca protestos de moradores
Protestos Marcam Casamento de Jeff Bezos em Veneza
Neste sábado (28), o casamento do fundador da Amazon, Jeff Bezos, com a jornalista Lauren Sánchez, gerou uma onda de manifestações em Veneza, Itália. Os protestos destacam a crescente insatisfação dos moradores com a transformação da cidade em um "parque de diversões" para os ricos.
Celebridades e Luxo
A cerimônia, que começou na última quinta-feira (26), conseguiu atrair uma série de celebridades, como Kim Kardashian, Oprah Winfrey, Leonardo DiCaprio e Orlando Bloom. Os noivos escolheram o luxuoso hotel Aman para se hospedar, onde os preços dos quartos com vista para o Grande Canal começam em 4.000 euros por noite.
Vozes da Revolta
Os manifestantes expressaram sua indignação com cartazes e notas falsas de dólar que trazem o rosto de Bezos, além de uma faixa com a mensagem "Sem espaço para Bezos". Para muitos, o evento simboliza a elitização de Veneza. A universitária Alice Bazzoli, de 24 anos, criticou a doação de 3 milhões de euros feita por Bezos a instituições locais, considerando-a "hipócrita". Ela deseja ver a cidade voltada para os cidadãos, e não apenas para os turistas.
Encarando a Realidade
O centro histórico de Veneza tem enfrentado uma rápida diminuição de sua população, caindo de 100.000 residentes para menos de 50.000 em aproximadamente 50 anos, refletindo os altos custos de vida na região. O cineasta Andrea Segre, também nascido na cidade, ressaltou que muitos moradores comuns estão sendo expulsos, resultando em uma falta de diversidade e vitalidade social. "Pessoas entre 25 e 35 anos, que estão começando a formar famílias, não conseguem pagar para viver aqui", afirmou Segre.
Opiniões Contrastantes
Embora os protestos tenham atraído atenção, alguns empresários e políticos venezianos elogiaram a escolha de Veneza como espaço para o matrimônio de Bezos, argumentando que isso pode estimular a economia local. Eles consideram os manifestantes como uma "minoria marginal", ignorando as preocupações levantadas por muitos cidadãos.
Com informações de: Reuters.
