Google firma parcerias com Samsung e outras marcas para exclusividade no buscador

Google Enfrenta Acusações de Monopólio em Julgamento Histórico nos EUA
Acordos Exclusivos com Fabricantes de Dispositivos
O Google está no centro de um julgamento antitruste nos Estados Unidos, onde foram revelados contratos com fabricantes de dispositivos Android, entre eles a Samsung. Esses acordos, firmados em 2024, garantem exclusividade para o sistema de busca da empresa, além de sua ferramenta de inteligência artificial, o Gemini AI, e o navegador Chrome. O caso foi apresentado em um documento na terça-feira (22).
Acusações de Monopólio
O Departamento de Justiça dos EUA acusa o Google de manter um monopólio nas buscas online. As autoridades buscam que a empresa venda o navegador Chrome e implemente outras medidas para incentivar a concorrência no mercado. O juiz distrital Amit Mehta, que conduz o julgamento em Washington, já havia determinado, em agosto passado, que o Google violou leis antitruste ao garantir seu monopólio nos mecanismos de busca.
Julgamento Se Estende
O julgamento deverá se estender por mais três semanas, colocando Google e governo federal em lados opostos. O resultado poderá fortalecer exigências para o desmembramento da gigante tecnológica. Recentemente, uma juíza federal afirmou que o Google também tem um monopólio na publicidade online, mas ainda não há uma decisão sobre as ações a serem tomadas.
Flexibilidade nos Contratos
Na decisão anterior, o juiz Mehta destacou que o Google utilizou acordos exclusivos com fabricantes como a Samsung para garantir que seu mecanismo de busca fosse o padrão em dispositivos. Para atender a essas questões, o Google teria flexibilizado seus contratos com a Samsung, Motorola e operadoras como AT&T e Verizon, permitindo que estas mostrem ofertas de buscadores concorrentes.
Preocupações com Inteligência Artificial
Promotores expressaram apreensão de que o monopólio em buscas pudesse beneficiar ainda mais o Google em sua expansão em inteligência artificial. Eles alegam que produtos de IA podem redirecionar usuários para o buscador da empresa.
Detalhes do Julgamento
O processo contra o Google teve início em 2020, sendo um dos esforços mais significativos para lidar com o domínio das big techs no setor. Entre as testemunhas convocadas estão representantes da OpenAI e da Perplexity, enquanto Nick Turley, chefe de produto do ChatGPT, testemunhará sobre o impacto dos contratos do Google na distribuição desses produtos.
Propostas do Departamento de Justiça
No início do julgamento, um advogado do Departamento de Justiça destacou que medidas rigorosas são necessárias para impedir que o Google amplie ainda mais seu domínio. Entre as propostas estão a rescisão de acordos exclusivos que garantem ao Google a posição de mecanismo de busca padrão em dispositivos, a licenciamento de resultados de busca para concorrentes, e a potencial venda do sistema operacional Android.
Resposta do Google
Em resposta às propostas do Departamento de Justiça, a executiva Lee-Anne Mulholland afirmou que tais medidas atrasariam a inovação nos Estados Unidos. O Google argumenta que seus produtos de IA não devem ser incluídos no escopo do caso, que se concentra nas buscas online.
Com informações de: G1.