Política

Brasil será presidente de grupo da ONU para discutir criação do Estado da Palestina

Brasil Lidera Grupo de Trabalho da ONU sobre Criação do Estado da Palestina

Convite ao Brasil

O Brasil foi convidado a presidir, juntamente com o Senegal, um dos grupos de trabalho criados na Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a formação do Estado da Palestina. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores e divulgada inicialmente pelo portal "UOL". Essa iniciativa refere-se a uma conferência internacional programada para junho, cujo foco é a solução pacífica do conflito entre israelenses e palestinos.

Conferência Internacional

França e Arábia Saudita são os países responsáveis pela presidência da Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e pela implementação da solução de dois Estados. Ao todo, foram estabelecidos oito grupos de trabalho, todos abertos a participação de Estados-membros da ONU e representantes diversos do sistema da organização, incluindo agências especializadas.

Reconhecimento do Estado Palestino

Atualmente, o Brasil, junto a 142 outros países, reconhece o Estado da Palestina. O convite para a criação do grupo de trabalho surge em um contexto marcado por intensos conflitos entre Israel e o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Desde o início da guerra em outubro de 2023, o Brasil posicionou-se contra as hostilidades e reiterou seu compromisso com a convivência pacífica entre as partes.

Ação Brasileira na ONU

Durante a presidência do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, o país tentou aprovar uma resolução que buscava um cessar-fogo e a entrada de ajuda humanitária na região. A proposta recebeu apoio de diversos membros, mas foi vetada pelos Estados Unidos, que alegaram falta de clareza sobre o direito de defesa de Israel.

Apelo à Paz e Críticas a Israel

O governo brasileiro expressa sua decepção com os ataques a Gaza e propõe a retomada das negociações entre israelenses e palestinos. Além disso, o Ministério das Relações Exteriores critica as operações militares israelenses, questionando os limites éticos e legais dessas ações. Em janeiro, o Itamaraty destacou a necessidade de um consenso que possibilite a cessação das hostilidades e a entrada de assistência humanitária, além de ressaltar a importância de um Estado da Palestina independente e viável, coexistindo pacificamente com Israel.

Críticas à ONU

Em discursos anteriores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou preocupação com a falta de ação da ONU em relação à criação do Estado palestino. Ele argumentou que, enquanto a organização teve força para criar o Estado de Israel, atualmente carece de coragem para estabelecer o Estado da Palestina. Lula advertiu que a ausência de decisividade por parte da ONU contribui para situações de conflito no mundo, como as guerras em Gaza e na Ucrânia.

Com informações de: UOL

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