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Freire Gomes rejeita solicitação para mobilizar tropas contra ‘golpe’

General Freire Gomes Declara no STF que Não Recebeu Orientações de Bolsonaro para Movimentar Tropas

Durante sua oitiva no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 19, o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, afirmou que não recebeu nenhuma instrução do então presidente Jair Bolsonaro para mobilizar tropas com a intenção de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

Apresentação aos Advogados

"Em nenhum momento", disse o general, em resposta ao advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, que questionou a transição de poder nas Forças Armadas após o resultado das eleições. Segundo Freire Gomes, a passagem de comando foi realizada "de forma pacífica". Ele recordou que as datas foram discutidas e que recebeu José Mucio, seu sucessor, durante um almoço onde apresentou a estrutura do Exército.

Testemunhas Convocadas pela Procuradoria-Geral da República

Freire Gomes foi convocado como testemunha pela Procuradoria-Geral da República, que também citou outros nomes relevantes para os depoimentos:

  • Éder Lindsay Magalhães Balbino: Engenheiro que alegadamente contribuiu na elaboração de um dossiê falso sobre a lisura das urnas.
  • Clebson Ferreira de Paula Vieira: Envolvido em um levantamento sobre os municípios onde Lula e Bolsonaro receberam mais de 75% dos votos no primeiro turno.
  • Adiel Pereira Alcântara: Ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal, que, segundo relatos, dificultou o deslocamento de eleitores no segundo turno.

Advertência de Moraes

Durante o depoimento, o ministro Alexandre de Moraes advertiu Freire Gomes sobre possíveis contradições em seu relato. "Antes de responder, pense bem", disse Moraes, ao enfatizar a importância da veracidade nas declarações. O magistrado lembrou que, em depoimento anterior à Polícia Federal, o general afirmou ter participado de uma reunião em que Bolsonaro discorreu sobre um possível plano para um golpe. Porém, no STF, Freire Gomes alegou não ter visto "conluio" do então comandante da Marinha, almirante Garnier Santos.

Com informações de: Revista Oeste.

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