Política

PF confirma que tem aviões prontos para resgatar Tuta, líder do PCC na Bolívia

Brasil Aguardando Decisão da Bolívia sobre Transferência de Traficante

Detenção de Tuta em Santa Cruz

O governo brasileiro aguarda uma decisão da Justiça boliviana sobre a entrega de Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, preso na sexta-feira (16) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. O traficante é apontado como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa de destaque no Brasil.

Preparativos da Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) anunciou que já tem aviões prontos para buscar Tuta assim que houver uma confirmação sobre a forma de entrega do criminoso. Em coletiva de imprensa, Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, ressaltou: “Nossas equipes estão prontas para sair de Brasília assim que tivermos a confirmação sobre a expulsão.”

Rodrigues destacou que o governo boliviano decidirá o procedimento com base em suas normas jurídicas, enfatizando o respeito à soberania do país.

Identidade Falsa e Captura

Tuta estava foragido usando um documento falso e se apresentava como Maycon Gonçalves da Silva ao tentar renovar seu registro de estrangeiro na Bolívia. Sua localização foi descoberta após ser incluído na lista de procurados pela Interpol, o que levou a polícia boliviana a notificar a PF.

Possíveis Caminhos para a Transferência

O futuro de Tuta na Bolívia pode seguir duas direções: a expulsão do país, devido à sua situação irregular, ou a extradição, a pedido das autoridades brasileiras. A expulsão é um processo mais célere, enquanto a extradição pode demorar mais. Uma audiência está agendada para amanhã com autoridades judiciárias da Bolívia, onde se definirá se será aplicada uma das opções.

Rodrigues mencionou que o local da entrega de Tuta será determinado, podendo ocorrer no local da prisão ou na fronteira.

Situação Judicial de Tuta

Marcos Roberto de Almeida possui duas prisões decretadas em investigações conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo e foi um dos principais alvos da Operação Sharks, realizada em 2020. Ele já havia assumido o comando do PCC após a transferência de Marcola para um presídio federal em fevereiro de 2019. Tuta foi condenado em primeira instância a 12 anos e seis meses de prisão por organização criminosa e também enfrenta outros processos por delitos semelhantes.

De acordo com o promotor Lincoln Gakiya, que investiga o PCC há anos, Tuta foi nomeado por Marcola como seu sucessor, emergindo como uma figura proeminente na organização criminosa.

Com informações de: G1.

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